O Brasil é um país conhecido mundialmente pela qualidade e consistência de suas campanhas de vacinação para as mais diversas doenças. Distribuídas pelo Sistema Único de Saúde gratuitamente, as vacinas estão disponíveis para todas as pessoas que compõem os subgrupos populacionais de risco. Este é o caso da vacina BCG.
O principal objetivo da vacina BCG é imunizar as pessoas que a recebem contra a tuberculose, doença que foi uma das que mais matou durante diversos séculos e ainda hoje é considerada como uma das infecções mais mortais do mundo, causando o adoecimento de 6,8 milhões de pessoas anualmente, das quais mais de 3 milhões morrem, ultrapassando os números de morte devido às doenças oportunistas em pacientes com HIV (2,6 milhões de morte ao ano) e da malária (1 milhão de mortes ao ano).
O dia da vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é comemorado todo dia 1° de julho pois foi neste mesmo dia em que a vacina foi criada por dois pesquisadores - Albert Calmette e Camille Guerin - a partir de uma bactéria que causa a mastite tuberculosa bovina, no ano de 1921.
No Brasil, a vacina começou a ser aplicada no ano de 1927, e a partir de 1976 ela se tornou obrigatória para crianças de 0 a 4 anos, sendo que é mais usual que ela seja aplicada quando a criança ainda é recém-nascida.
No entanto, não são todas as crianças e adultos que podem tomar a vacina, pois ela apresenta algumas contraindicações. Não deve ser aplicada em recém-nascidos com menos de 2 quilos, pessoas com erupções na pele e/ou utilizando medicamentos corticoides e pessoas imunodeficientes, como pessoas portadoras do vírus HIV.
A queda considerável na mortalidade devido às complicações da tuberculose por si só seria motivo suficiente para celebrar o dia da vacina BCG, mas existem outros motivos.
