
Criado a partir do Decreto de Lei nº 51.405, o Dia Nacional do Cego tem o objetivo de conscientizar a população contra o preconceito e discriminação, incentivando a integração social das pessoas portadoras de tal deficiência. Também conhecido como o Dia Nacional do Deficiente Visual, o Dia Nacional do Cego foi instituído em 26 de julho de 1961 através da sanção do então presidente da república Jânio da Silva Quadros. O Dia Nacional do Cego é fundamentado nas principais bases da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que busca a solidariedade e a igualdade.
A cegueira é uma doença caracterizada pela perda total ou parcial da visão, que possui diversas causas possíveis e dependendo da situação até tratamentos acessíveis. A deficiência visual pode ter origem congênita (com o nascimento ou fatores genéticos) e ter origem em decorrência de algum acidente ou evento ocorrido durante a vida.
De acordo com estimativas levantadas pela OMS, as causas mais comuns de cegueira no mundo, são: catarata (47,9%), glaucoma (12,3%), degeneração macular relacionada à idade (8,7%), opacidade da córnea (5,1%), retinopatia diabética (4,8%), cegueira infantil (3,9%), tracoma (3,6%) e oncocercose (0,8%).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cegueira é definida como visão menor que 20/500 no melhor olho de uma pessoa ou campo visual inferior a 10 graus. A definição foi elaborada no ano de 1972 e os especialistas atualmente já discutem possíveis alterações para entender melhor o que deve ou não ser considerado cegueira.
Uma das maiores revoluções mundiais foi a invenção do braille, uma técnica de transcrição do alfabeto em alto relevo para o entendimento de pessoas cegas ou com baixa visão. A técnica foi desenvolvida por Louis Braille, que perdeu a visão num acidente durante a infância. Em 1884 desenvolveu o primeiro protótipo do código de transcrição e em 1829 o sistema foi publicado com algumas atualizações, como a inclusão das notas musicais.