
Conhecida como a sétima arte, o cinema é muito popular em todo mundo. No Brasil, as iniciativas ganham cada vez mais força e são comemoradas no dia 19 de junho, o Dia do Cinema Brasileiro.
No ano de 1896 - mesmo ano em que os irmãos Lumiere inauguraram o cinema em Paris – o Brasil teve sua primeira exibição cinematográfica, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Henri Paillie. Muito diferente do cinema que presenciamos hoje, as mostras retratavam cenas cotidianas de cidades europeias. A partir de então algumas salas de cinema foram abertas, o que incentivou a produção nacional.
A primeira obra produzida no Brasil foi gravada em 1898, por Afonso Segreto, um italiano que havia acabado de aprender técnicas e operações cinematográficas. As imagens eram da Baía de Guanabara, paisagem do Rio de Janeiro, e foram capturadas em um navio chamado Brésil, que saiu da França. O Dia do Cinema Nacional foi então estabelecido em 1970, em homenagem às primeiras produções cinematográficas realizadas em terras brasileiras.
Outro irmão Segreto também tinha interesse pelo cinema e criou a primeira produtora de filmes brasileira e a primeira revista especializada na sétima arte do Brasil. A partir daí, ambos os irmãos desenvolveram inúmeros filmes, seguidos do cineasta Humberto Mauro. Filmes como Três Irmãos, Ganga Bruta e Alô Alô Carnaval se tornaram base para estabilizar o cinema brasileiro.
As primeiras produções nacionais não se diferenciavam muito das europeias e eram mais documentários do que filmes propriamente. Retratavam cenas cotidianas, como a chegadas de circos, a vida em estações de trem e outras. Nas décadas de 1960 e 1970, o Brasil teve seu cinema enriquecido pelas influências do movimento do Cinema Novo. Inspirado em movimentos italianos, a proposta era retratar a realidade com mais conteúdo e menor custo, o que destacou cineastas como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Ruy Guerra.
Após esse período, surgiu também o desenvolvimento do cinema de entretenimento, inspirado em Hollywood. Fernando Meirelles, José Padilha e Walter Salles fizeram nome nesse ramo e conquistaram sucesso internacional com as suas obras.
O cinema no Brasil se desenvolveu imensamente com o passar do século e ganha cada vez mais espaço no cenário internacional. Produções como Cidade de Deus, Tropa de Elite, Que horas ela volta, 2 filhos de Francisco, Dona Flor e seus dois maridos, Lisbela eo Prisioneiro e O auto da Compadecida ganham forte reconhecimento. O ramo cinematográfico é muito rico e, apesar de encontrar um mercado difícil no Brasil, tem futuro promissor.