
Os livros são objetos culturais de extremo valor desde a Antiguidade, pois mesmo não havendo o livro no formato como conhecemos hoje, já existia o registro de informações em suportes como paredes e argila.
Na idade média, o livro passou a ser um objeto símbolo de status econômico, uma vez que somente a camada mais rica da população (o clero) tinha acesso a esses bens culturais, pois a reprodução dos mesmos era cara e levava muitos dias - era confeccionado em couro de cabra e copiado à mão pelos monges copistas.
Já no final da idade média ocorre a invenção da máquina dos tipos móveis de Gutemberg, que permitia a impressão em larga escala de livros diversos, ou seja, barateou o custo de produção e permitiu que um número cada vez maior de pessoas tivessem acesso aos mesmos.
Com o preço dos livros baixos, surgiu uma importante profissão: o vendedor de livros, que tem uma data dedicada especialmente a ele.
Importância cultural da data
O dia do vendedor do livro é muito mais que uma data para celebrar essa profissão, pois a partir dela diversas reflexões podem ser feitas. A primeira delas diz respeito aos hábitos de leitura dos brasileiros.
Mesmo que o nível da escolaridade tenha aumentado nas últimas décadas, cada brasileiro lê em média 2,3 livros por ano, e mais de 30% da população nunca comprou um livro. Esses números são bastante preocupantes não só por ameaçar acabar com o dia do vendedor de livros, mas também por revelar a falta de cultura do brasileiro.
Como resultado desse baixo desempenho em leitura, diversas livrarias vem sendo fechadas, incluindo mega livrarias localizadas em grandes centros urbanos, e o mercado editorial encolhe a cada dia, resultando na demissão de milhares de pessoas.
Assim, que o dia do vendedor de livros sirva como um lembrete da importância que os livros, entendidos como objetos cultuais e de conhecimento, tem para a educação, cultura e economia de um país.