Apesar de fazer algum tempo que armas nucleares não são usadas como tática de batalha em guerras e conflitos, elas continuam a ser preocupação de toda comunidade internacional, e prova disso foi os recentes desentendimentos entre EUA e Coreia do Norte, contando inclusive com ameaças de fazer uso de armamento nuclear de ambas as partes.
Por isso, o desarmamento nuclear deve ser prioridade na agenda da comunidade internacional, e foi pensando justamente nisto que o Dia Internacional para a Eliminação das Armas Nucleares foi criado. A criação da data foi uma iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas).
Vale ressaltar que encontra respaldo no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que está em vigor desde anos 70 e conseguiu relativo êxito ao impedir que países sem tradição nuclear adquirirem armamento nuclear. Por outro lado, o tratado foi pouco eficiência em eliminar tais armas dos países produtores.
De acordo com a ONU, estima-se que haja em todo o mundo cerca de 17 mil ogivas nucleares, sendo que aproximadamente 4 mil delas estão ativas. Além da ameaça iminente que tais materiais podem causar, também existe o custo em manter esse material, já que o gasto estimado é superior a US$ 100 milhões/ano. Tal dinheiro teria um retorno muito maior aos países e ao mundo como um todo se fosse investido para tratar questões prioritárias, como fome, acesso a serviços de saúde e redução da desigualdade social.
Apesar do Brasil ser um mau exemplo em diversas áreas, na questão do armamento nuclear o país se destaca como um dos mais pacíficos do mundo. Além do TNP, o país também assina Tratado para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Tratado de Tlatelolco) e do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares. A Constituição Federal determina, além disso, que "toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional” (Artigo 21).