
Ao chegarem no Brasil, os portugueses se depararem com um enorme território, em sua maior parte fértil e produtivo, com uma série de recursos naturais para serem explorados, e como os interesses econômicos reinam sobre qualquer outro aspecto, era necessário mão de obra que trabalhasse em atividades extrativistas e de agricultura. Como haviam somentes os índios, povos nativos do Brasil, decidiram explorar sua mão de obra, dando início a escravatura indígena em terras brasileiras.
Vale ressaltar que esse processo não se iniciou de forma brusca. Pelo contrário, registros históricos indicam que no começo da exploração a relação entre índios e portugueses era pacífica, uma vez que eles ajudam na retirada e carregamento do pau brasil.
No entanto, com o início do processo de colonização, essa relação começou a ser conflituosa, uma vez que os índios eram expulsos de suas terras para que elas pudessem ser ocupadas com o desenvolvimento de atividades econômicas.
Assim, o processo de escravidão dos índios durou até o ano de 1 de março de 1680 - por isso essa é a data do dia da abolição da escravatura dos índios -, pelo menos oficialmente, uma vez que historiadores afirmam que na verdade a escravidão foi até o ano de 1755, quando Marquês de Pombal começou a pressionar as autoridades portuguesas para a libertação dos nativos, o que de fato ocorreu no território atual dos estados do Pará e do Maranhã. A abolição definitiva em todo o território nacional ocorreu em 1758.
No entanto, a questão não se encerrou por aí, pois a instauração da liberdade dos índios não garantia sua total liberdade, pois o trabalho compulsório continuou a existir, uma vez que ao voltarem para suas aldeias lá havia um cidadão de “ilibada reputação”, escolhido pelos colonos para realizar o controle da aldeia.