
O dia 24 de janeiro marca a lembrança do mais importante documento redigido em qualquer país: a constituição.
O conjunto de leis determinado na constituição é a garantia dos direitos dos cidadãos e dos deveres do Estado. A constituição é redigida por uma Assembleia Constituinte, eleita pela população, que estabelecem normas, leis, emendas e reformas políticas, legais e econômicas. Dessa maneira, um país se organiza legalmente e funciona seguindo tais normas, sejam elas individuais ou coletivas.
O dia 24 de janeiro foi a data escolhida para celebrar algo de tamanha importância histórica, pois marca a assinatura da primeira constituição oficial brasileira, elaborada no governo imperial de Dom Pedro I, em 1824. A redação da primeira constituição brasileira marca também o inicia da independência do Brasil em relação a Portugal.
Após a primeira, o Brasil ainda aprovou ao longo dos anos mais sete constituições, sempre com mudanças importantes para o cenário do país. A segunda constituição brasileira, datada em 1891, representa uma mudança no regime político brasileiro, que passa de Império para República.
A terceira, de 1934, marca a participação da população no processo de renovar as leis, uma vez que foram as exigências da Revolução Constitucionalista de 1932 que trouxe pautas como educação, cultura e trabalho para as normas brasileiras. No entanto, tal documento foi válido por pouco tempo, pois em 1937 foi outorgada uma nova constituição, que determinava um governo totalitário de Getúlio Vargas.
A abertura democrática só aconteceu novamente em 1946, com mais uma constituição elaborada, e foi mais uma vez derrubada por um regime ditatorial após o golpe de 1964. O fim da ditadura no Brasil deu espaço para, finalmente, a configuração legislativa atual.
A última constituição redigida foi aprovada em 1988 e estabelece normas e leis que regem o Brasil como um sistema de governo absolutamente democrático. Tal documento é de extrema importância para o país e, por este motivo, o Dia da Constituição deve ser celebrado como uma maneira de se lembrar e colocar em prática todos os direitos e deveres, cobrando do Estado ações que condizem com suas responsabilidades sociais, econômicas e políticas descritas em lei.