O dia 23 de agosto é uma data comemorativa muito peculiar: é o Dia da Injustiça, de modo a se combater tal prática, historicamente presente em todas as sociedades nas mais variadas vertentes. A injustiça está geralmente associada a situações em que uma pessoa não tem o que lhe é de direito, ou então possui algo sem o merecer.
Isso, evidentemente, se amplia a um conceito extremamente elástico e subjetivo, o que dificulta enormemente na identificação do que é justo ou não. Juridicamente, existem os conceitos delimitados do que pode ser justo ou não, mas será que sempre uma decisão de um juiz é justa? Existe justiça na omissão? Promover vingança é fazer justiça? A paixão e tudo que se justifica nela pode ser a responsável por amenizar injustiças?
Nos últimos tempos, o Poder Judiciário brasileiro vem alterando seu posicionamento em relação a algumas coisas, em uma fase denominada pós-positivista, respeitando as relações humanas através de um ponto de vista mais ligada aos direitos sociais.
A luta crescente das minorias vem conquistando, lentamente, direitos básicos que lhes eram restritos historicamente por simplesmente pertencerem a um gênero, etnia, religião ou orientação sexual. Diferenciar dois seres humanos por conta de particularidades inerentes a eles pode ser considerada uma grave injustiça social, e algumas minorias ainda sofrem muito. Em países dominados pelo Islã, as mulheres são socialmente oprimidas, sendo a elas vetados muitos direitos humanos, como por exemplo poder até mesmo exibir os cabelos em público, estando sujeitas à morte por apedrejamento. Em alguns países, inclusive, é crime passível de punição grave (detenção ou morte) ser homossexual; uma interferência na vida pessoal de seus cidadãos pode ser entendida como injustiça quando uma forma de governo não concorda com o que cada um faz de sua vida íntima.
Os governantes, em geral, quando administram uma nação, são primordialmente os pilares da economia e da sustentação de direitos sociais básicos, como acesso a saúde e educação gratuita a todos. Porém, muitas vezes a injustiça social paira sobre as civilizações, reféns de governos que não oferecem renda básica para que um trabalhador tenha uma vida digna, e sim, com condições precárias de trabalho, consiga apenas sobreviver, em contraponto a outros que sofrem muito menos inseguranças sem muito esforço e acabam muitas vezes nascendo já destinados a uma vida futura muito mais confortável e com grandes possibilidades, já que direitos a ensino, atendimento médico, alimentação, moradia, segurança e saneamento não são iguais.
