A história da humanidade sempre foi marcadas por tragédias de dimensões catastróficas causadas pelo próprio homem. Dentre elas, talvez nenhuma seja tão significativa e tão impactante como o tráfico de escravos, realizado por diversos países europeus para a colonização das então recém-descobertas Américas.
Para se ter ideia, somente no Brasil - que foi o país do continente americano que mais recebeu escravos e que foi o último a decretar o fim do regime -, entraram cerca de 4,9 milhões de africanos, um número extremamente alto considerando que a população mundial da época era muito menor que a de hoje.
Origem da data
O dia 23 de agosto foi escolhido para a celebração do Dia Internacional em Memória do Tráfico de Escravos e a sua Abolição pois foi nesta mesma data, no ano de 1791, que ocorreu a revolta na ilha de Santo Domingo, na qual então escravos se revoltaram contra o regime, levando a independência do Haiti, que se tornou o primeiro país do mundo governando por descendentes de africanos.
Essa revolta teve um papel crucial para que o tráfico de escravos transaltântico chegasse ao fim nas colônias e países da América, pois despertou a atenção do mundo todo para o quanto desumana e cruel é a prática da escravidão.
Vale ressaltar que mesmo que a escravidão tenha chego ao fim no período colonial, ainda hoje é possível encontrar alguns requícios. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ainda hoje 21 milhões de pessoas ao redor do mundo trabalham em regimes de servidão análogos à escravidão, tornando-as escravas da era contemporânea.