Ficou conhecido como “Dia do Fico” o famoso evento da história brasileira em que o príncipe regente Dom Pedro de Alcântara, desobedeceu as ordens da corte portuguesa e se recusou a voltar para Lisboa. Dom Pedro permaneceu no Brasil contrariando as ordens estabelecidas por Portugal e em 9 de janeiro de 1822 anunciou ao povo que permaneceria no país devido a uma quantidade considerável de pedidos realizados pela população.
Pedro havia permanecido no Brasil e assumido como regente após a volta de seu pai e sua família para Portugal em decorrência da eclosão da Revolução Liberal do Porto, em 1820. Pedro teve diversos desafios, tendo que lidar com várias revoltas, revoluções e insubordinações de tropas portuguesas que já haviam se acostumado com certa autonomia e que após a volta de D. João pra Portugal viu suas liberdades serem ameaçadas.
Por volta de 1821, Pedro foi convocado pela corte portuguesa para voltar a Portugal com o intuito de diminuir a autonomia brasileira e tornar o país uma espécie de colônia novamente. Um grupo político denominado de “liberais radicais” se uniu ao Partido Brasileiro da época, em favor de manter a unidade político-administrativa do Brasil. Em resposta à solicitação da corte portuguesa, os liberais organizaram uma movimentação que reuniu assinaturas a favor da permanência do príncipe.
A moção reuniu algo em torno de 8 mil assinaturas e devido à pressão que disso havia surgido, Dom Pedro I permaneceu no Brasil, declarando a famosa frase: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico". Um pouco mais tarde, em 7 de setembro de 1822, Pedro também foi responsável pela declaração da independência do Brasil em relação a Portugal.
