Criada a partir do Decreto nº 30.128 de Jânio Quadros, o Dia do Imigrante é celebrado no Brasil em 01 de dezembro. A data foi estabelecida em 1957 para reconhecer a existência de pessoas de ouras nacionalidades que vêm viver em nosso país. Escolhida para coincidir com o primeiro domingo do advento, a data reforça o significado da preparação espiritual que os católicos realizam um mês antes do Natal, com objetivo de comemorar a “vinda” e a “chegada” de Jesus.
Imigrantes são cidadãos de um determinado país que, por motivos sociais, econômicos ou políticos, deixam seus países de origem para ir morar em outro local e ali construir uma nova vida. Ao longo de toda a história, os imigrantes têm tido grande importância para a formação cultural e territorial do Brasil. Além disso, a imigração foi muito importante para o estabelecimento da economia e também do crescimento demográfico do Brasil, por isso é tão relevante a existência e comemoração do Dia do Imigrante.
Durante o período de colonização, a imigração para o Brasil se dava principalmente pelas famílias ricas portuguesas nas regiões de Pernambuco e Bahia e em regiões tidas como periféricas, como Maranhão, com predomínio de famílias mais pobres. A colonização foi também bastante favorecida por conta da política real de divisão das terras em capitanias hereditárias, concedidas a nobres portugueses que tinham o objetivo de desenvolvê-las e povoá-las.
Com o aumento da produção, consumo e exportação da cana-de-açúcar, houve um aumento extremamente expressivo de populações africanas. Os negros eram trazidos para o país como escravos para trabalhar nos engenhos de açúcar e foram muito importantes para a formação do povo brasileiro como é hoje.
Nos períodos em que a principal atividade econômica brasileira era a mineração, escravos africanos continuaram sendo trazidos para o país, constituindo grande parte da população nas regiões de Minas Gerais (em virtude da mineração) e no litoral nordestino (por decorrência da cana-de-açúcar). Apesar de ser considerada uma imigração “forçada”, os africanos que vieram para o Brasil foram importantes não só para a consolidação econômica na época, mas também para a formação cultural do país. Além de também terem auxiliado no povoamento do território.
O início da imigração mais intensa no Brasil se deu no período pós-independência, quando os governantes perceberam que o país precisava ser mais povoado e suas fronteiras protegidas por conta de sua extensão territorial. Foi então que o governo brasileiro organizou o primeiro movimento de imigração, chamando suíços para a região serrana do Rio de Janeiro.
Após tal movimento, outros foram organizados, sendo a mesma região povoada também por alemães que igualmente partiram para a região sul e sudeste, juntamente com russos, poloneses e ucranianos. Tais movimentos foram favorecidos devido à proibição do tráfico internacional de escravos e à instauração dos modelos de colonato nas fazendas brasileiras.
A grande leva de italianos chegou ao Brasil entre 1884 e 1903 e instalou-se principalmente na região do atual estado de São Paulo para trabalhar nas lavouras de café. Assim como os japoneses, que chegaram por volta de 1908 para também auxiliar nas lavouras de café, consolidando-se em São Paulo, que possui até uma data específica para o Dia da Imigração Japonesa: 18 de junho. Por conta desses aspectos, muitos comemoram o Dia do Imigrante no fim das festividades da colônia japonesa, em 25 de junho.
