O dia 2 de novembro é marcado pela lembrança e homenagem aos entes queridos que já se foram. A data ficou conhecida como Dia de Finados.
Criada pela Igreja Católica, a data na verdade é fundamentada em uma crença do povo celta. Por acreditarem na vida após a morte, o povo celta separava um dia no ano de homenagem e evocação aos mortos. Reuniam-se, então, em seus lares e comemoravam a data.
Na época, a Igreja Católica não tolerava a ideia de relacionamento com os mortos, uma vez que a partir de então as almas ficavam adormecidas até o julgamento final. No entanto, com a difusão da religião pelo mundo e o ajuste a diferentes culturas, a Igreja Católica incorporou a ideia. Os cristãos passaram a rezar pela alma dos falecidos que estariam passando pelo julgamento na fase do Purgatório – momento em que eles precisariam de orações.
Estabeleceu-se, então, uma data específica para esta homenagem pelo monge beneditino Odilo Clunty, da França. A oração aos mortos na data estipulada se tornou uma obrigação dos fiéis e, propagando a tradição, papas oficializaram a comemoração. A data só foi estabelecida como dia 2 de novembro tempos depois, no século XIII, para suceder o Dia de Todos os Santos.
Apesar de ser uma tradição religiosa e de muitos países passarem por um processo de laicização, o dia se popularizou independentemente de crenças e é identificado como um dia específico para pensar e homenagear entes queridos que já se foram. No Brasil, a data leva milhões aos cemitérios para decorar as lápides com flores e velas, ao mesmo tempo que revivem a memória dos falecidos, rezam por suas almas e realizam rituais e cânticos.
A tradição, no entanto, depende da cultura de um povo. A comemoração realizada no Dia de Finados no México é bem diferente: eles acreditam que, neste dia, as almas de seus entes voltam para a Terra para fazer uma visita a seus familiares e amigos. Dessa maneira, as pessoas celebram com festas e banquetes.
