O mundo da moda nunca esteve tão em evidência ou, para utilizar um termo pertencente ao léxico desse nicho de produção e consumo, tão “in” quanto hoje em dia. No entanto, mesmo diante de toda a evolução que ocorreu no setor de moda e vestuário, o alfaiate, figura antiga e responsável primeiramente pela confecção de ternos sob medida, continua sendo uma figura extremamente importante. Justamente por isso, existe o dia do alfaiate.
O alfaiate é o extremo oposto do fast fashion, isto é, das roupas que são produzidas e comercializadas em larga escala por grandes cadeias de lojas, que não possuem boa qualidade e em pouco tempo ficam inutilizáveis, fazendo com que o setor de moda ocupe a segunda posição no ranking daqueles que mais geram resíduos e lixo.
Neste contexto, o alfaiate ganha ainda mais importância, pois como as roupas produzidas por ele, sejam masculinas, femininas ou agênero, são feitas sob medida, com tecidos de qualidade e com processos que causam menos danos ao meio ambiente, são mais sustentáveis. Assim, a profissão de alfaiate também possui uma faceta sustentável.
Origem do dia do alfaiate
O dia do alfaiate é comemorado anualmente no dia 6 de setembro pois foi nesta data que foi proposto o Projeto de Lei n.º de 2004, de Arnaldo Faria de Sá, que tinha como principal objetivo regulamentar a profissão, contando inclusive com uma descrição detalhada da classificação dos profissionais da categoria, que incluem:
-Mestre-Alfaiate;
-Contra-Mestre;
-Ajudante de Contra-Mestre;
-Oficial-Alfaiate;
-Oficial de Paletó;
-Meio-Oficial;
-Ajudante;
-Coleteiro;
-Calceiro;
-Acabador;
-Buteiro;
-Passador;
-Aprendiz de Alfaiate.
Vale ressaltar que essa extensa classificação da profissão se justifica pelo fato da profissão de alfaiate ser uma das mais antigas do mundo, pois os primeiros registros encontrados a respeito datam do período do Egito Antigo e, mais tarde, de Grécia e Roma.
