
A hanseníase foi durante muito tempo uma doença terrível para as pessoas que a contraiam, pois além de terem que lidar com os sintomas já bastante pesados da doença, tinham que enfrentar o estigma de outras pessoas, uma vez que quando não tratada em seu estágio inicial a doença pode causar deformidades.
Foi pensando em todos esses fatores, somados à alta taxa de prevalência que a doença apresentava a nível mundial - quando era popularmente conhecida como lepra -, que a ONU (Organização das Nações Unidas) decidiu criar o dia internacional do hanseniano, motivado por um pedido do jornalista francês Raoul Follerreau.
Hanseníase: importância da informação
Um dos principais motivos do dia internacional do hanseniano existir é para despertar atenção para a doença e a importância de seu diagnóstico precoce. Trata-se de uma doença infecciosa causada pela Mycobacterium leprae, que atinge os nervos e pele.
As formas de transmissão da doença é um dos maiores obstáculos para a realização de seu controle, uma vez que pode ser transmitida por tosse, espirro e convívio prolongado com determinado indivíduo que carrega a bactérias.
Seus principais sintomas incluem dor e formigamentos nos pés, pernas e antebraço, nódulos, manchas na pele que não apresentam dor, ressecamento dos olhos, sangramento do nariz, queda de pelos e diminuição da força dos pés e/ou mãos.
Na presença de um ou mais desses sinais, é vital buscar a ajuda de um especialista, pois o tratamento precoce é o maior aliado no combate aos sintomas, evitando consequências desagradáveis como deformações.
No Brasil, o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e assim que iniciado não há mais risco de transmissão.
O tratamento precoce e a informação são os maiores aliados no tratamento à doença. Que o dia do hanseniano sirva para isso, uma vez que o Brasil ainda apresenta cerca de 30.000 novos casos da doença a cada ano.