O Samba é um estilo musical derivado de raízes africanas e é considerado uma importante manifestação cultural popular do país. O Dia Nacional do Samba é comemorado em 2 de dezembro.
O Dia Nacional do Samba foi criado através de uma iniciativa do vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear o sambista Ary Barroso. O sambista é o compositor da música “Na Baixa do Sapateiro”, uma homenagem a Salvador, capital da Bahia.
Ele compôs a música antes de conhecer a cidade, fazendo sua primeira visita no dia 2 de dezembro de 1940. A homenagem inicialmente era feita apenas pelos baianos, mas a festa foi se espalhando pelo Brasil até virar uma comemoração nacional.
O Dia do Samba foi criado para celebrar e homenagear esse ritmo tipicamente brasileiro e que faz parte de uma forte representação da identidade do país. Sua música faz parte de uma intensa mistura de ritmos e tradições que compõem a história do Brasil.
Antes de ter seu nome oficializado o Samba também foi conhecido por umbigada, batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe, entre outros. Mas é quase um consenso que a palavra samba seja o resultado de um desdobramento ou da evolução do termo “semba”, que significa umbigo em quimbundo (língua de Angola), a palavra possui uma forte relação com as danças típicas africanas.
O Samba nasceu na Bahia, no século XIX e originou-se de antigos batuques trazidos pelos negros que foram escravizados no país. Inicialmente eram ligados a religiosidade, em que os africanos utilizavam da música e da dança para se comunicar e manifestar suas crenças. Mas foi no Rio de Janeiro que o Samba acabou criando raízes e se desenvolvendo realmente.
Com o aumento das plantações de café, muitos escravos foram sendo levados ao Rio de Janeiro, então capital federal, para atender a demanda de trabalho braçal aumentando o número de negros na região. Com a abolição da escravatura e logo depois o declínio do café fez com que uma grande leva de negros migrassem para a cidade do Rio de Janeiro e não demorou muito para que as festas, tradições musicais e as danças fossem se manifestando entre eles.
Porém o preconceito e a perseguição ainda eram muito fortes, dessa forma por ser uma atividade diretamente ligada a população negra, na década de 1920, quem fosse pego dançando ou cantando samba era tratado com violência e muitas vezes preso.
Aos poucos outros ritmos foram sendo incorporados fazendo com que o ritmo do samba começasse a se espalhar pelas ruas e carnavais do Brasil e ficasse conhecido pelos populares, principalmente nas regiões da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão no Brasil, começam a difundir o samba fazendo com que o ritmo ficasse conhecido não só pela população mais pobre, mas também pela alta sociedade brasileira. E a partir da década de 40, durante o governo de Getúlio Vargas, que o samba finalmente passa a ser reconhecido como um símbolo nacional.
Originalmente o samba era composto principalmente apenas por instrumentos de percussão (tambores, surdos, atabaques) e acompanhados por violão e cavaquinho. Em suas letras os sambistas costumavam falar sobre a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, e as dificuldades enfrentadas principalmente pela população mais pobre.
Atualmente existem diversas variações de ritmos, instrumentos e estilos musicais como: Samba Rock, Samba Enredo, Samba Pagode, Samba Carnavalesco, Samba de Gafieira, entre outros, mas nenhum deles deixa de ser uma expressão cultural tipicamente brasileira. Dessa forma o samba foi crescendo, se reinventando e ficando conhecido internacionalmente.
